segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Macaco não olha para seu rabo

Essa locução é a moralidade de uma história de bichos, na qual um macaco faz observações jocosas sobre a cotia, que não tem rabo, sem se lembrar de que os outros animais o viam com igual estranheza, em razão da excessiva extensão de sua cauda. Significa que vemos mais facilmente os defeitos alheios do que os nossos. Provérbio aproximado: Corcunda não vê a sua corcova, mas vê a do seu vizinho. Há com o mesmo sentido uma fábula de Fedro, "De Vitiis Hominum", sobre os vícios dos homens, a qual diz que Júpiter pôs sobre nós dois alforjes, um às costas, carregado com nossos defeitos, outro à frente, carregado dos defeitos alheios. Por essa razão, não podemos ver nossos vícios e deficiências, mas vemos logo os dos outros, de quem nos tornamos os mais severos censores.

Nota


Jocoso: 1. Alegre, gracioso. 2. Que provoca o riso.
Alforje: 1. Saco fechado em ambas as extremidades e com uma abertura no centro, de modo que forma como que duas bolsas. Usa-se ao ombro, para distribuir o peso dos dois lados.